segunda-feira, 9 de novembro de 2009

desesperança, esperando




Sentada no banco, naquela esquina sente aquele trago a Outono. Memórias rodopiam nos remoinhos de vento que fazem dançar as folhas caídas pelo chão.
A esperança cresce, desaba. Espera, sentada no banco que aquele trago a Outono lhe traga o aconchego que tanto anseia e devaneia horas e horas infinitas.
Esperança que vira desesperança, espera que desespera.
Mas acontece.
O aconchego chega.
Leva tudo o que lhe resta.
Depois..
Vazio.
Escasso de sentimentos, não lhe resta nem a sua própria dignidade, ela entregou-se.
E sempre que o Outono chega ela espera que a história ainda assim se repita. Que nos dias escuros e frios o aconchego a faça sentir mais dele que nunca, e que ela o sinta mais seu que alguma vez possa sentir.
Outono, após outono.

3 comentários:

  1. tens sempre as palavras certas para dizer :')

    e continuas com os teus fantásticos textos de tirar o fôlego a qualquer um :$

    amei rita ;) <3

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  2. Simplesmente fantástico. Principalmente pelo "outono" que tem tanto significado para mim.

    Amei, vou seguir : )

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