quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

estás sempre comigo

Pontos imersos,
É ferida aberta...
Choros cruamente dispersos.
Vida cruelmente incerta.
De olhos fechados.
A morte é fera.


( eu amava-te tanto.)

domingo, 17 de janeiro de 2010

SD

a vida às vezes faz daquelas que nem dá para acreditar. e isto tudo é uma merda.
mas eu vou continuar a sorrir, por ti SD.
hoje não dá para dizer mais.
estou aqui, dê por onde der.



(foto: porto, 24 de Julho - significa tudo.)

sábado, 9 de janeiro de 2010

entre recordações, morreu.

Um dia tinha de ser,hoje foi o dia.
Abri a caixa, fechei, abri, isto vezes e vezes sem conta, mas já chegava de cobardia.
A nostalgia consegue ser doce e amarga ao mesmo tempo, e eu tinha tanto medo do amargo que era incapaz de seguir em frente. Mas tinha de ser, e ininterruptamente tudo o que estava naquele poço de recordações passa pela minha mente em flashs, e ao mesmo tempo que passa as lágrimas começam a correr. 
"Sofres por queres" , "Se não guardasses essas coisas todas sofrias menos!" ...
Nunca conseguirei dar ouvidos, aquelas "coisas todas" são parte de mim, e deixá-las ir embora , era deixar ir embora tudo o que fez de mim quem sou hoje.
E agora aqui sentada, já no fim de abrir a caixa, de mexer e remexer em tudo o que ela continha, acabo por perceber ... o nosso amor morreu.
O meu amor morreu. Será que alguma vez foi nosso?.
Dizem que só porque amamos alguém, esse alguém não é obrigado a amar-nos, a minha parte racional percebe tudo isso, mas o meu coração recusa-se a crer que ao amar-te tanto não tem direito a um bocadinho do teu amor. E no fim de tudo isto vem a batalha a que todos os dias assisto apática entre o coração e a mente. Vem o sofrimento que ambos têm por não chegar a um consenso, e as memórias arrepiam-me os poros como se as tivesse a viver naquele preciso momento.
Agora a caixa para mim já não é algo que vou recuperar forças... é onde deixo as minhas forças. Elas esvaecem mal a abro, existe quase uma força de atracção que as puxa, e eu de fraqueza em punho e nada mais deixo-as ir.
Um pingo amargo magoa a minha alma, e eu acho que se ficar parada tudo volta ao normal, volta o arrepio, volta o coração a bater numa velocidade que não consigo controlar, até que se sente um aperto, parece que parou... mas não, continua a bater, simplesmente porque tem de continuar.
As minhas mão rebeldemente, sem ordem da minha mente, pegam em tudo, e fazem o meu respirar ficar sôfrego, entre papelinhos, pequenas coisinhas que fazem recordar aquele abraço, aquela palavra, aquele momento, aquele beijo.
Mas sim já aprendi, entre todas essas recordações o nosso amor morreu.