quarta-feira, 12 de agosto de 2009

o abraço

Naquele dia, Leonor arrepiou-se.
Afonso vinha longe, e ela já sentia o seu respirar.
Chegou perto, e o dela parou.
Sem saber porquê, e no final de contas, nem como, ficou à espera do abraço dele.
Ficou à espera de sentir o seu respirar ainda mais intenso para que o dela retomasse.
Mas não.
O abraço, não o deu.
Um olhar trocado, insignificante e sem sequer algum significado.
O abraço, ainda o esperava.
Um sorriso correspondido, tímido mas irrisório.
O abraço, ainda sonhava em tê-lo.
Um dar de mãos, apertado e cúmplice.
O abraço, cada vez mais perto.
Um sussurro ao ouvido, secreto e seu.
O abraço, a segundos de chegar.
Um preciso de ti, sincero e gritante.
Chegou perto, e deu-lhe um abraço.
O abraço, não o deu.
O arrepio pela espinha, o coração fulgurante, o sentimento mútuo, nada disso foi capaz de dar.
E agora ela vive simplesmente à espera d’ o abraço, mas um dia ela será capaz de viver sem essa espera.
Apenas se ele deixar de ser cobarde, e lhe der o abraço.



( 1/07 - voltou a fazer sentido.)

6 comentários:

  1. invade sempre que quiseres :)
    também gostei muito do teu, vou seguir-te :D

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  2. um abraço de uma vida :)

    está lindo o texto querida $:

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  3. a esperança nao morre, nunca *o*

    miminhos*

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  4. Tão lindo *.*

    Não me importo nada que me invadas, e vou seguir o teu : )

    E o que importa, é mesmo só a esperança : )

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  5. oh querida, podes comentar sempre que quiseres $: sinto-me lisonjeada com os teus comentários, tu escreves lindamente que é sempre bom ter comentários teus $: o teu blog é viciante :)

    beijinhos*

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  6. gostei bastante deste texto. bom blog =) *

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